segunda-feira, 26 de novembro de 2007

PLANO RODOVIÁRIO NORDESTE TRANSMONTANO

Que me recorde esta já é pelo menos a terceira vez que os Transmontanos assistem à apresentação do Plano Rodoviário para o Nordeste Transmontano. Certamente que já foi apresentado muitas mais vezes mas muito sinceramente não me recorde das restantes. A primeira vez foi quando o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação do XV Governo Constitucional, António Carmona Rodrigues fez uma visita ao Distrito de Bragança.
A verdade é que o Ministro daquele tempo estudou bem a lição e falou de todas as obras rodoviárias que faziam falta ao Nordeste Transmontano. Logo na época que passou pela cabeça que o Ministro tinha estudado bem a lição para a sua deslocação a Bragança mas que tudo aquilo que prometeu era bom demais para ser verdade e que não ia ter tempo de implementar o Plano Rodoviário Nacional para o Nordeste Transmontano.

Posteriormente o Primeiro Ministro José Sócrates na sua primeira visita ao Distrito de Bragança na qualidade de Primeiro Ministro de Portugal referiu que era sua intenção construir a Auto - Estrada da Justiça. Nesta visita o Primeiro - Ministro de Portugal esteve em Vila Flor na inauguração da Barragem de Valtorno - Mourão e participou num conferência realizada no Auditório Municipal Adelina Campos subordinada ao tema da Agricultura. E lá foi o Primeiro - Ministro de Portugal porreirinho da vida para Lisboa com mais umas tantas promessas deixadas aos Transmontanos.

A verdade é que o Primeiro - Ministro de Portugal voltou ao local do "crime" (salvo seja!!!) para cumprir aquilo que prometeu. Prometeu não se esquecer dos Transmontanos e pelos vistos a sua costela transmontana fez o resto do trabalho já que ele não se esqueceu de nós.

O Plano Rodoviário para o Nordeste Transmontano foi então apresentado no passado dia 24 de Novembro pelo Primeiro - Ministro José Sócrates em Bragança. Este foi ainda o primeiro acto oficial do novo Administrador das Estradas de Portugal, o Dr. Almerindo Marques, antigo Presidente do Conselho de Administração da RTP. Aparentemente este senhor fez um bom trabalho na RTP e terá com toda a certeza muito trabalho pela frente nas Estradas de Portugal. Vamos ver se ele consegue recuperar financeiramente esta empresa que costuma acumular passivos de muitos milhões de euros, má gestão e muitas derrapagens financeiras.
Mas passamos agora para o que mais interessa a todos os Transmontanos e mais particularmente a todos os Vieirenses. O Plano Rodoviário do Nordeste Transmontano inclui as seguintes obras:
  • Túnel do Marão
  • Auto - Estrada Transmontana entre Vila Real e Bragança
  • IC 5 entre o Pópulo de Miranda do Douro
  • IP 2 entre Macedo de Cavaleiros e a A 25 em Celorico da Beira



No total serão cerca de 400 km em novas vias que incluem a construção de itinerários reclamados pelos Transmontanos à décadas. Além destas vias é conveniente realçar a Construção da Ponte Internacional de Quintanilha bem como as obras de ligação ao actual IP4 e futura A4 que estão praticamente terminadas, pelo menos a parte Portuguesa. Já os "nuestros hermanos" estão um pouco atrasados na execução das suas obras o que só prova que nem só em Portugal se faz pouco.

Contudo existe a possibilidade de no próximo mês de Agosto quando os nossos emigrantes nos visitarem já poderem utilizar a Ponte Internacional de Quintanilha estando desta forma facilitada a sua entrada em Portugal.

Os Transmontanos sugerem ao Primeiro - Ministro de Portugal que pressione o Presidente do Governo Espanhol para que coloque urgência na execução da futura Auto-Estrada que ligará a Ponte Internacional de Quintanilha a Zamora. Desta forma os Transmontanos ficarão mais perto da Europa e podemos afirmar que temos a Europa ali tão perto...

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito se tem falado do IC-5 e desde à longa data, e é com grande pesar que eu como natural da zona vejo que este vai ser construído a partir do Pópulo e não do Franco no concelho de Mirandela, tal como sempre previsto, como é comprovado pelo mapa que está no blog, bem como pelo Power Point que o ministro Mário Lino disponibilizou, e que é bem expressivo e alusivo quanto ao ponto onde o IC-5 irá ligar-se com a futura A-4, e que assina-la a localização bem no interior do distrito de Bragança, nas imediações do actual nó do Franco, Power Point esse que pode ser consultado no site: www.moptc.pt/tempfiles/20060428204358moptc.pps
Sendo assim, o que sempre esteve previsto, é que o IC-5 se inicia-se a partir do concelho de Mirandela, nas imediações do actual nó do Franco, o que é corroborado pelos mapas, num troço entre Franco e o Pombal de Ansiães, ficando o concelho de Carrazeda de Ansiães perfeitamente servido pelo nó de Pombal de Ansiães, não ficando este concelho marginalizado, tal como tem insistido o edil local, Eugénio de Castro, que fez desta questão bandeira eleitoral, tornando isto uma questão pessoal, defendendo intransigentemente a solução Pópulo, sem argumentação plausível, tentando desde à uns anos para cá mudar a confluência do IC-5 com a Ip-4 do Franco para o Pópulo, o que infelizmente conseguiu por inoperância de quem de dever e obrigação tinha que tentar impedir que o traçado fosse desviado, nomeadamente o Presidente da Câmara Municipal de Mirandela. A solução nó do Franco foi inicialmente apresentada e está prevista há muitos anos por todos os motivos e mais alguns, desde logo pela economia visto ser 11 km mais curto que a solução do nó do Pópulo, consideravelmente mais barata também que a solução Pópulo, com valores a rondar os 4,5 milhões de contos, para já não falar do traçado que é muito mais fluído, seguro e com menores declives.
No meio de tudo isto, e como já foi dito quem acumula mais culpas no desenrolar de todo este processo é o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Mirandela, que se devia ter imposto e lutado pela solução Franco, buscando apoio dos autarcas vizinhos que também beneficiariam com a solução Franco, nomeadamente Valpaços, visto que toda a zona sul deste concelho apanha a IP-4 no nó do Franco, buscando também apoio em Murça, concelho que beneficiaria muito mais também com a solução Franco do que com a solução Pópulo, criando-se assim duas facções de autarcas, uma a defender a solução Pópulo encabeçada pelo presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães e outra a defender o Franco encabeçada pelo presidente da Câmara Municipal de Mirandela.
Tenho a certeza que o governo iria com certeza optar pela solução Franco, em primeiro lugar porque é consideravelmente mais barata, de mais fácil execução, e a inicialmente prevista, assim, e face ao marasmo e à inoperância do autarca de Mirandela que foi o mais prejudicado pelo desvio do traçado do IC-5 visto que iria partir do seu concelho tendo por isso obrigação de estar na primeira linha a reivindicar a manutenção do traçado a partir do nó do Franco, o governo acabou por ceder às pretensões dos autarcas de Vila Flor e Carrazeda de Ansiães que não tiveram oposição e conseguiram assim inacreditavelmente mudar o traçado do Ic-5 do Franco para o Pópulo.
Tudo isto é uma enorme injustiça, porque esta obra é uma obra de âmbito regional/nacional e não municipal, que não vai servir apenas os habitantes de Carrazeda de Ansiães, que pelo capricho de não terem de fazer mais dez km por auto-estrada até ao Franco apanhando depois o IC-5 até ao Pombal de Ansiães, vão obrigar os outros a ter que fazer muito maiores distâncias por estradas bem piores, nomeadamente o habitantes do da zona sul oeste concelho de Mirandela, sul do concelho de Valpaços, e mesmo grande parte do concelho de Murça que ficarão muitíssimo prejudicados com esta solução, que com a solução Franco teriam o IC-5 à porta como se costuma dizer, e que assim para apanhar o IC-5 terão que andar ao para trás no sentido Bragança -Vila Real até ao Pópulo, ou então terão que apanhar as estreitas nacionais, nomeadamente a 314 a partir das Lamas de Orelhão para apanhar o IC-5 por exemplo no Pombal ou em Vila flor, o que eu não acho justo e não concordo, enquanto que a solução Franco serviria toda a gente, sendo sem dúvida a mas equilibrada e adequada, tendo-se assim sobreposto o interesse regional/nacional ao interesse do concelho da Carrazeda de Ansiães e de um edil eleito por uns meros milhares de cidadãos.
Para finalizar, e no meio de tudo isto quem mais perdeu foi a aldeia do Franco que se poderia assumir como uma centralidade regional, abrindo-lhe esta estrada as portas para possível fixação de empresas devido à sua localização estratégica, e não percebo como é que o presidente da Câmara Municipal de Mirandela permitiu que se desvia-se uma estrada com esta importância do seu concelho para o Pópulo sem ter mexido uma única palha.

Dá que pensar, sem dúvida!!!!!

Anónimo disse...

É verdade sim senhor, o Ic-5 sempre esteve previsto a partir do Franco, sendo isso que vem previsto no PRN 2000, sendo a solução Franco mais barata e segura que a do Pópulo. Contudo o presidente da Carrazeda e da Alijó pareçe que conseguiram desviar o Ic-5 para o Pópulo, apesar de eu só me acreditar que vai ser feito do Pópulo quando vir, mas no meio de tudo isto e a confirmar-se isto quem mais perde é sem dúvida o Franco, que se poderia tornar numa importante centralidade regional, bem como todo o concelho de Mirandela que poderia ficar dotado de mais uma derivação de um itenerário. Quem se havia de ter mexido no sentido de impedir isto era o presidente de Mirandela, em vez de ter ficado a ver. Contudo pode ser que ainda não seja tarde e deixo aqui um apelo a todos Mirandeleses e àqueles que são mais directamente prejudicados, os do Franco, das Lamas, de Pereira, dos Avidagos e Abreiro para que se mexam visto que teriam uma estrada com esta impôrtancia a passar à sua porta, o que com certeza os benificiaria. Pode ser que ainda não seja tarde e se consiga ainda inverter a situação, visto que no PRN 2000 está prevista a solução Franco, sendo esse o documento de referência e realmente comfirma-se o que é dito no cometário anterior, em todos os mapas e andei a consultá-los, o Ic-5 está representado a partir do Franco e não do Pópulo. Há que fazer ver isso aos presidentes de Junta e da Câmara Municipal, fazer queixa ao Ministro e reinvidicar o Ic-5 a partir do Franco tal como ve previsto no Plano Rodoviário 2000, pondo assim justiça no processo.
Também não tenho dúvidas, e concordo plenamente com o comentário anterior, que se o governo fosse confrantado por duas facções, uma a reinvindicar o Ic-5 a partir do Pópulo e outra a partir do Franco, este ia sem dúvida nenhuma escolher a solução Franco visto ter sido a primeira a ser indicada, a mais barata e segura, há é que fazer pressão e barulho, e reinvindicar a solução Franco!