segunda-feira, 24 de setembro de 2007

CONVERSAS DE VINDIMA

Esta rubrica pretende dar a conhecer a todas as pessoas alguns dos temas das conversas de uns dias de vindima no Vieiro. As personagens fictícias consideradas são o vindimador e a vindimadeira e por vezes a linguagem utilizada está codificada.
Para começar bem o dia,
Lá vem ele com a chupeta na boca. Querem ver que estamos perante um caso de trabalho infantil nas vindimas do Vieiro? Teremos de denunciar este caso à Inspecção Geral do Trabalho. Afinal parece que não passa de um comentário relativamente a um jovem que se encontrava a fumar um simples cigarro às primeiras horas da manhã.
Depois de chegados ao local de trabalho, eis que vêm a primeira frase do dia: “Escorricha aí o lato de plástico e depois passa para cá o conacho”.
Então andam a falar mal do Vieiro na Internet? Oh, andam nada. Falam bem e falam mal depende dos dias e das situações. A Internet é quem mais lá mete...
E vindo do nada diz o vindimador para a vindimadeira: Os que trazem os rosários pendurados são os que mais podem (p por f) os outros.
Foi assinalado um penalty madrugador. O vindimador prepara-se para efectuar a sua marcação corre para a bola e falha redondamente atirando a bola para a horta do vizinho. Este blogue apurou posteriormente que a bola estava boa para ir para a salada (leia-se ácido acético).
A vindimadeira dava conta dos primeiros sinais de stress contando o momento em que se esqueceu da sua própria mãe em sua casa durante algumas horas. A vindimadeira referiu que o dia para ela deveria ter 30 horas para que pudesse realizar todas as suas tarefas.
E vamos que o Vindimador, cabeça no ar encontrou uma chave, não era a do euromilhões nem a do totoloto mas sim a chave de bocas 12 – 13 que se encontrava desaparecida desde longa data. A vindimadeira não deixou de dar um valente sermão ao vindimador.
O tema da conversa passou rapidamente para a qualidade das uvas, as que possuem bagos redondos e espalmados são mouriscas e as que têm bagos espalmados são moscatel preto explica o vindimador à vindimadeira.
Elas quando vão para o coro da igreja deviam era afinar as gargantas. Quem canta seu mal espanta e eu primeiro vou afinar a minha gargantaaaaaa. Ontem à noite nem me importei de o ver, a garrafa era escura e pimba.
Depois foi relatado o acontecimento de beber num copo em que na parte superior está desenhado um diabo e na parte inferior o Cristo. No ritual de enchimento do copo deve dizer-se "Afoga-me esse diabo.", para que o copo fique bem cheio e enquanto se bebe o preciso liquido deve ser dita a seguinte frase, “Deixa-me ver esse Cristo.”
As crianças antigamente até traziam o rabo azul da entrada do frio pelo rachão. Ah esse dizem que já nasceu de sapatinhos.
Este ano deu a malina às pretas. Ui estão carregadas. Vamos aqui à preta mas com cuidado que elas andam com malina.
Oh Vindimador branco ou tinto? Cheio e bem calcado responde ele depressa. Dá cá, dá cá senão já não bebo. É do saca-rolhas ou das rolhas? Ai eu cá não sei são coisas que eu não toco.
E entretanto chega um novo tipo de tesouras, vindo directamente do JAPAN.
Plantei umas estacas. As minhas só as reguei uma vez e pegaram todas, as dele reguei-as três vezes e falharam umas poucas. Ele também andou-as a plantar no sítio onde tinha lodões e nem abriu os buracos em condições. Ficamos a saber posteriormente que Estacas em Lodões só na Vilariça.
Posteriormente foram referidos alguns dos jovens do Vieiro que frequentaram os Seminários. Uma mãe refere com toda a convicção que se o filho dela chegasse a padre não havia freiras. Eu já apreciei umas freiras bem boas, umas cavalonas desabafa o vindimador...
Acidente de trabalho. Uma abelha picou a vindimadeira.
Ò vindimador anda para aqui quem te pode (p por f) anda por aí. Um vindimador refere que tem pena do colega de profissão mas por outro lado é bem feita por causa do Vindimador sem Cabelo.
De uma coisa tenho eu a certeza, a vindimadora ontem apagou a luz primeiro do que o vindimador, eram 9 horas e ela já estava a dormir. Soube-se posteriormente que o vindimador ainda tentou por todos os meios deslocar-se até Vila Flor, ao Prestige Bar tendo chegado a casa por volta da meia-noite.
Depois foi referido um episódio em que um jovem vindimador do Vieiro quando se deslocava a Vila Flor transportava consigo até ao Vieiro um revista pornográfica. Ele bem a enrolava mas fazio-o ao contrário e dava para ver de que revista se tratava, a famosa Playboy.
O vindimador fala com saudade do seu amigo canário. Este blogue conseguiu apurar que o vindimador e o canário eram cá dois pardais. O vindimador respondeu em tempo oportuno e disse que neste blogue só há melros. Soube-se também que o canário ia ao pé do Vindimador para que este lhe escrevesse umas cartas ao pároco da sua localidade para fazer queixas da canária.
O vindimador de canetas ia todos os dias fazer uma visita a outro vindimador e cujo grito de guerra era UUUUULLLLLLLAAAAAAA….
Diz a vindimadeira para o vindimador júnior, aí meu filho dava-lhe um arrombo na conta do PC (Personal Computer)….
Tu fazes um pião e eu faço uma piosca diz um vindimador para o outro.
O vindimador diz que tem a certeza de que para o ano vai ver mais a festa do que este ano. Refere que têm é de ir menos vezes ao bar para ver melhor.
Olha mas é para aqui e aprecia este ninho de codorniz diz o vindimador para a vindimadeira.
O vindimador recebe uma chamada de um colega vindimador mas quem falou foi uma vindimadeira e já estão a vez a confusão que isto deu.
Estava-se a discutir o grau de parentesco de duas pessoas do Vieiro quando o vindimador disse repentinamente que isso não interessava. A verdade é que ou foram feitas com a mesma esquiça ou saíram do mesmo buraco, por isso têm de ser irmãs. Para passar a esquiça por vezes primeiro temos de passar uma berruma.
E foram estes os temas de uns dias de vindima no Vieiro.

3 comentários:

Anónimo disse...

Estas conversas de Vindimas fazem-me recordar os tempos em que andava às vindimas na minha Terra Natal, Constantim, Vila Real

Simao Sabrosa
Madrid

Anónimo disse...

E a mim tambem car quando estava no Brazil.

Pepe,
Madrid

Anónimo disse...

Pois até acho graça a isto tudo, mesmos muitas graça, tenho de ouvir o que diz os meu irmão nos minha terra nos conversa da colheita do café, nos Angola.


Mantorras