SUPER PADRE

Sacerdote Transmontano percorre cerca de 300 km por dia. Com esta média e considerando que um ano para um Padre têm 365 dias e 24 horas por dia facilmente podemos concluir que o Padre Zé efectue 109500 km por ano. A parte de 24 horas por dia é muito importante porque os padres também andam de noite não sabemos a fazer o quê, a rezar missa não é de certeza, mas a verdade é que andam.

Não admira por isso que tenha arrebentado em tão pouco tempo com o seu BMW X3 e tenha sido obrigado por obra e graça de Deus a comprar um BMW X5. Agora mesmo os nossos leitores podem compreender um pouco melhor uma noticia publicada neste blogue de qual seria o próximo. Está claro que é um BMW X6 e não é o próximo do Rifas como alguns comentários faziam querer. Arriscamos-nos a ver o nosso Padre Zé com um BMW X6. Tivemos acesso a informações priviligiadas de que nesse mesmo dia a sua conta bancária ficou recheada com a entrada de uns euritos vindos dos pagamentos anuais das pessoas do Vieiro.

Percorrer 300 km por dia com estradas tão más como fizeram crer na entrevista significa que o Padre passa mais tempo na estrada do que nas Igrejas. Considerando uma velocidade média de 60km/hora para percorrer 300 km são precisos pelo menos 5 horas de viagem pelo que com toda a certeza passa mais tempo na estrada do que a rezar as missas.

Um pouco como toda a gente o Padre Zé têm os minutos contados, assim como as horas, os segundos e até os milésimos de segundo.

Também ficamos a saber que a compra de Jeep não se deve a um mero prazer mas antes às más condições das estradas transmontanas com locais que são autênticas crateras. Parece que se entende grateras mas como não temos a certeza absoluta não vamos entrar por esse campo.

A musica é a sua companheira inseparável de viagem, bom som por sinal o apresentado na reportagem.

Só com esta longa entrevista de mais de 7 minutos passada no Primeiro Jornal da SIC é que nos apercebemos de que a vida deste homem anda acelarada.

Para ter de percorrer 80km para se deslocar até um local para rezar uma missa das duas uma, ou está ou não devia estar, por exemplo Bragança, Vila Real ou mesmo em Espanha ou então temos de tratar de lhe oferecer um GPS TOM TOM para traçar o percurso mais perto e mais rápido até ao destino já que se engana facilmente no trajecto. Pode ser que o próximo veículo já venha equipado de série com este equipamento.

Este jornalista também é um grande nabo. Então pergunta -lhe como ele pode viver e não vê que ele vive bem, grande carro, boa casa, enche a blusa num bom restaurante (O Morais em Santa Comba). Até deixou de dar aulas para poder ter tempo livre para fazer as suas tarefas, já que quando dava aulas ainda fazia menos do que agora.

Essa de falar com os médicos e comprar os medicamentos para os paroquianos carece de uma investigação profunda e não nos podemos pronunciar sem estarmos por dentro dos temas.

As pessoas são generosas!!! Pudera, recebem na caixa do correio um bilhete postal do Sr. Padre com os seguintes artigos:

CONGRUA PAROQUIAL «Esperamos que os paroquianos concorram para a côngrua sustentacao do Pároco, de modo que, liberto de absorventes preocupações económicas, possa dedicar-se inteiramente ao serviço evangélico da Comunidade Paroquial».

(Do Decreto da nomeação do Pároco)

«É um dcver de todos os fieis católicos proverem a sustentação do Sacerdote que serve a Comunidade paroquial a tempo inteiro, com uma oferta anual que corresponda a 1% do seu rendimento ou valor de 1 dia de trabalho».

(Do Concilio Plenario Portugues)

O Sr. Jornalista se recebesse um postal de boas festas destes na sua caixa de correio também era capaz de ser obrigado a pagar qualquer coisita ao Padre da sua Paróquia. E por estas bandas quem não efectuar o pagamento pode ver o Sr Padre a recusar-se a fazer baptizados, casamentos, e no caso de morrer não se preocupe que os seus descentes têm de pagar tudo o que têm em dívida caso contrário não lhe celebra o funeral!!!

Outra boa nova foi a informação de que um pároco não pode celebrar mais do que duas missas em dias de semana e quatro missas ao fim de semana. Era bom era que todas as profissões fossem contempladas com estas regalias mas nesse caso onde é que estaria Portugal? O Padre Zé ainda argumenta que não se consegue celebrar mais do que quatro missas por Domingo porqur ao celebrar a quinta já o está a fazer mecânicamente e não a efectuar uma verdadeira celebração. Imaginem o que é agora que estamos em tempo de vindima um trabalhador dizer que só consegue trabalhar durante 4 horas (tempo médio de uma celebração eucarisitca) e que depois não consegue cortar as uvas ou transportar os cestos com a mesma alegria... era bom era, ainda vinha o Natal e as vindimas por fazer!!!!

Além de tudo isto o Padré Zé faz obra, apresenta projectos como a Casa Paroquial de Freixiel, o Centro Comunitário, o Museu Etnográfico e o Centro de Catequese e o merito têm de lhe ser dada já que têm uma grande lata para andar a pedir para a realização destas obras.

Para finalizar nunca é demias realçar que estamos na presença de um Padre normal e não de um Super Padre...