domingo, 12 de julho de 2009

ADEGA COOPERATIVA ARRUINADA

A Adega Cooperativa de Vila Flor vive dias difíceis. Com uma dívida que já ascende aos 2,5 milhões de euros, a viabilidade de produção e engarrafamento dos vinhos estão hipotecados. A revelação foi feita pelo próprio director da Adega, Casimiro Fraga. “A dívida da adega ronda os 500 mil contos. O grande problema foi a gestão ruinosa da anterior direcção, e o aumento das dívidas aos fornecedores. Já tentamos recorrer à banca mas hoje em dia, as coisas já não são tão fáceis como eram antes”, admite o responsável.
Dadas as circunstâncias a Adega de Vila Flor encontra-se quase totalmente parada. “Temos todas as portas fechadas por parte dos fornecedores, desde rolhas a químicos, rótulos, caixas, tudo. Estamos quase cem por cento parados, fomos forçados a isso, tivemos que negociar as dívidas com os bancos, pois as vendas não superavam as dívidas que tínhamos de 20 mil euros por mês e chegamos a este ponto de estrangulamento”, lamentou o dirigente.Um outro factor que ajudou a este desfecho, na óptica de Casimiro Fraga, foi o excesso de trabalhadores. “14 trabalhadores era insustentável. Hoje temos apenas cinco, o que é perfeitamente aceitável”, explicou o dirigente.
A Câmara de Vila Flor tem vindo a fazer esforços para que a Adega não feche portas, mas junto dos sócios nada conseguiu porque estes têm, ainda, duas vindimas por receber. “O concelho não pode perder a Adega. É uma instituição cheia de tradições, produziu grandes vinhos de consumo, com boas marcas e um grande mercado. Neste momento sofre alguns problemas, mas a primeira palavra tem que ser dos sócios, eles é que têm que acreditar na instituição, mas nós tudo faremos para ajudar”,afirmou o presidente da autarquia, Artur Pimentel.

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